E as pessoas falam, comentam e julgam. E será sempre assim, faças tu o que fizeres. Apenas tens que refletir sobre o que é melhor para ti, sobre quem amas, e quem depositas a tua total confiança e respeito. Tens que pensar que tens sempre alguém que gosta verdadeiramente de ti, que te apoia incondicionalmente e que irá largar o mundo para te ir socorrer. Essa pessoa é exatamente quem tens que preservar e proteger, como se o mundo acabasse hoje. São a essas pessoas que tens de provar o teu amor e respeito, e são essas mesmas pessoas que vão valorizar as tuas atitudes boas e menos boas, porque vão compreender todas as tuas falhas e porque conhecem mais de ti do que o pouco que mostras.
Tens que pensar que quem condena os teus atos, ou quer o melhor para ti e não tem noção de como fazê-lo, ou apenas quer rebaixar-te perante a situação em si. E embora me entristeça, eu aposto na segunda opção. Tens que pensar que ninguém tem o direito, nem tu nem qualquer outra pessoa, de julgar o próximo. Nós somos seres humanos e como tal, sofremos, erramos, magoamos os outros e por vezes nem reparamos que estamos a provocar um terramoto na vida de alguém, e que as nossas pequenas atitudes podem tornar-se pesadas marcas na pele de outrem. Não julgues alguém porque despertou esse mesmo terramoto, por vezes sucedem de forma tão natural e espontânea que quem o provocou nem sabe bem como o fez. Lembra-te que estamos todos a jogar no mesmo jogo da vida e o karma, essa pequena força do outro mundo, é uma justiça universal que move montanhas e acalma ventos. Todos os dedos que um dia apontares, serão inevitavelmente refletidos contra ti, e esta filosofia é tão incontestável quanto absoluta. Em todos os momentos que te sentires no direito de humilhar alguém e provocar-lhe qualquer dor, pensa que essa pessoa pode sofrer mais em silêncio do que imaginas. Pensa que respiramos todos o mesmo ar e que temos todos, mas mesmo todos, telhados fragilmente construídos em vidro. E partem, e magoam quem um dia ousou magoar o outro.
O ser humano é um estranho portador de sentimentos, que consegue ser tão maldoso como excepcional, por ter esta luz que brilha bem no fundo do seu íntimo. Nunca, mas nunca, deixes que alguém se ache no direito de apagar esta luz que brilha em ti.
julho 18, 2014
julho 11, 2014
Oportunidade para Amar
Eu não pedi que ele me ouvisse, pedi apenas que reparasse
naquilo que eu nunca disse. No pormenor mais simples, no olhar que teima em
concentrar-se nele, naquele sorriso que me escapa inevitavelmente dos lábios
como se ele fosse a única razão neste Mundo que me deixasse feliz. Eu pedi,
sim, que ele fosse atencioso o suficiente para escutar o meu coração, sem ter
que ouvir as minhas palavras. Pedi que me recusasse quase inteiramente, para
sentir depois, de forma plena, a falta dos meus carinhos, e então desejar outra
vez, com mais força, a minha presença no seu mundo. Pedi-lhe um minuto, para ele
pensar em mim e na nossa relação. Depois, achei-me no direito de lhe pedir mais
uma hora, ou mais um dia. Quando dei por mim, estava a pedir-lhe uma vida, e
ele estava cada vez mais a afastar-se de mim. No entanto, achei que lhe pedi tão
pouco, sabes? Que por mais esforços que fizesse, que por mais que lutasse,
nunca seria o ideal para mim, porque eu queria sempre mais. Entrei na sua vida
e, com medo que me obrigasse a sair dela, exigi-lhe algo que nunca deve ser
exigido: Amor.
O amor não se exige, e tive que aprender isso à força, quando
bati de frente com o ínfimo amor-próprio que me restava. O amor não tem de ser
controlado. Por mais que penses que podes, de fato, controlar os sentimentos de
alguém, isso não passa de uma ilusão que criamos na nossa mente, para nos tranquilizarmos
e, de alguma forma, termos menos medo do futuro que se segue. Não tens, em
momento algum, o poder de interferir na privacidade da pessoa que amas, para
ler as mensagens do telemóvel, de forma a “confirmar” suspeitas ou desconfianças.
Quem és tu? Qual é o direito que tens, para pedir, a alguém que te dá o que
quer e o que pode, mais amor? Pedir mais amor não é amor, mas é, por sua vez,
falta dele. É também, falta de respeito por ti própria, pela tua mente e pelo
teu espírito. É negares a lei natural da vida, acabando por te deixares levar,
consequentemente, pela maior mania do ser humano: sobrepor-se ao outro, numa
ação tão egoísta como voluntária.
Na vida todos sofremos, não te enganes ao pensar o
contrário. Não penses, por isso, que cada vez que chorares de amor, estás a
chorar com dor e insatisfação. Estás apenas a chorar porque amaste, e porque esse
sentimento fez-te realmente feliz. Há quem não se deixe amar, com medo do
resultado desse amor: achas que essa pessoa algum dia, vai-se sentir completa,
ou feliz? Se não deixares o amor bater-te à porta, nunca irás encontrar a sua morada
por mais que procures, porque o amor não é algo palpável, mas sim uma força da
Natureza, que quando vem, muda-te tanto quanto te impulsiona a viver.
Não culpes o amor ou a pessoa amada, isso é simplesmente a saída
mais fácil que encontras para o teu problema. Mas essa saída só vai levar-te a
outro problema maior e, ciclicamente, esse problema que era primeiramente
pequeno, piorará, somente porque tu deixaste que isso acontecesse. Posso então
afirmar que a culpa é tua. Tudo porque deste tanto de ti, que te sentiste vazia
quando te faltou a recompensa. Logo, deste tudo de ti não de forma involuntária,
mas sim porque querias ser recompensada com o mesmo sentimento, pois no teu interior
achavas-te tão importante que eras, sem dúvida, merecedora de tal. Posso então
dizer-te que, sem sequer parares um segundo para refletir, fizeste o mesmo erro
que eu, e foste lentamente apercebendo-te disso, à medida que leste este texto.
De certa forma, identificaste-te tanto comigo que já não te sentes tão vazia.
Hoje, já não lhe peço minutos, nem horas, nem uma vida ao
meu lado. Hoje, já não lhe peço nada. Estranhamente sinto-me mais viva, mas não
o amo menos. Só que, de alguma forma, o amor que eu sentia dividiu-se: por um
lado, amo-o tanto que daria qualquer coisa para vê-lo feliz, por outro,
descobri que a única maneira de vê-lo realmente feliz era deixar de controlar
cada passo seu. Era deixá-lo ir com o vento, e esperar que o mesmo ar trouxesse
melhores dias para mim. Era virar a página mas nunca rasga-la, porque cada
linha que eu escrevi por ele, foi plenamente sentida. Era vê-lo partir, lentamente,
e sentir-me feliz pela minha própria evolução. Era vê-lo encontrar outra
pessoa, para que ele pudesse ter aquilo que eu também tive: oportunidade para
Amar.
*Picture taken by me*
junho 12, 2014
Amor que é amor
Tu disseste que ficavas do meu lado quando o mundo
desabasse: tu disseste. Não te faças de esquecido, meu amor, porque a gente
nunca esquece promessas, a gente finge, foge, mente, desvaloriza, mas nunca
esquece. Tu disseste. Referiste várias vezes para eu nunca ter medo de sair à
rua e mostrar quem sou, como sou, o que vivi, o que tenho e o que me falta ter.
Disseste para eu enfrentar tudo e todos, porque eu merecia o melhor da vida. Tu
juraste segurar a minha mão quando o chão tremesse e eu me desequilibrasse.
Prometeste que eu nunca iria cair, porque estarias lá para me amparar as quedas
e me recompor. Tu mentiste, fingiste, fugiste e desvalorizas-te o meu jeitinho
doce de fazer tudo para te agradar: eu era tão eu ao teu lado, que me perdia em
mim, e só em encontrava em ti. Naquele
labirinto de mil encruzilhadas, sabes? Eu encontrava sempre um caminho que me
levasse a ti, porque eu queria acreditar que havia sempre espaço e tempo para estar
com quem amamos. Há sempre lugar para o amor, para a dor, para nos reconciliarmos
e começarmos a amar de novo. Mas onde estás tu agora? When I need you the most. Pergunto-me tantas vezes. Recomeças-te?
Do zero? Tal como disseste que o farias, comigo… Pergunto-me como viraste
costas a um passado comigo, a um presente tão nosso, que podia ser um futuro
cheio de luz. Não tens medo? Não tens vergonha? E amor, tens? Palavra que
contém tanto e tão pouco.
Mas descansa, onde quer que estejas. Eu sou mais forte do
que algum dia pensei ser. Hoje, estou sozinha e já não preciso tanto de ti, porque
aprendi a amar-me primeiro, e só depois te desejar. Apesar desta confissão, quero
que saibas o quanto doeu sair à rua, com aquele medo de cair, aquele medo que
tu prometeste que eu nunca mais teria, lembraste? Quero que saibas que o amor
vem devagar, mas vem. O amor é tal e qual uma nuvem: quando vem, ou ajuda o sol
a brilhar, ou faz muita chuva. Mas elas vêm sempre, e o amor também. O amor
quando é amor vem cheio de alegria, de paciência, de vontade. O amor quando é
amor vem cheio de vida, e vem com muita paz e serenidade. Muito sonho, muita
calma, muita esperança. O amor quando é amor, não espera para aparecer. Ele
aparece e pronto. O amor quando é amor promete e cumpre. Segura a tua mão
quando és velhinho. Dá-te beijinhos, dá-te espaço e liberdade para seres sempre
quem tu és.
Como podes contemplar, meu amor, amor que é amor não é como
tu. Que apareces e vais embora, e esperas voltar um dia. O amor não vem com
apeteceres, o amor vem com muito amor: e era só isso que eu desejava, e foi
sempre só isso que eu te pedi.
março 31, 2014
Perigo
Eras perigosa. O teu toque. O teu olhar. O teu cabelo escuro, a combinar com os lábios grossos, sempre pintados em tons avermelhados, de forma extremamente provocante e propositada - estilo muito vintage com um I am a boss ass bitch à mistura. Eras superior, sempre com uma postura de lady atrevida, saliente nos saltos altos pretos, finos, sem padrões. Eras poderosa e carismática.
O teu cheiro, que se envolvia de tal forma mágica no teu corpo, fazia qualquer homem sentir-se tentado a ceder à sede de te querer. Resistir-te era uma impossibilidade dos tempos. A carne provocava em mim delírios, que me levava à mais pura sensação de insanidade. Estou insano pelas tuas formas, oh pecado.
Não perdoavas, não eras uma segunda hipótese, não eras uma escolha para a tarde. Eras uma noite de sexo, com um doce toque de amor, para suavizar o instinto carnal que emanavas. Eras, no final de tudo, apaixonante. Eras tu.
«Eu desejava-te tanto que desejar-te não passava de isso mesmo, um mero desejo»
Porque os teus ombros eram macios e suaves, que o meu cérebro parava só de os ver a sair das minhas camisas largas, que insistias em vestir depois de fazermos amor. Esse ar de boneca diabólica matava tudo o que restava de mim. Os meus chakras alinhavam-se, sem ser preciso muito mais do que a tua presença. O teu sorriso era brilhante como a lua, e até ela parecia amar por entre os teus negros olhos repletos de escuridão, naquelas noites cerradas, frias como pedras de mármore. Porque quando dançavas, descalçavas os sapatos, sempre com uma vontade enorme de sentir o chão, que parecia moldar-se aos teus pés. Porque eles não sabem o quão bela podes ser. Porque eles não sabem o quão doce és, quando te entregas. Porque eles só conhecem de ti, o que ouviram dizer por aí. Que és forte o suficiente para não chorar por qualquer um, poderosa e cheia de manias, com personalidade forte e feitio de meter medo. Não és nada disso. És frágil demais, que me dói só de pensar em magoar esse teu puro e dócil coração. O teu beijo... é flores a crescer no meu estômago e borboletas a voar na minha cabeça - fico imóvel.
O teu beijo é tão bom, que podia passar o dia inteiro a imaginá-lo, a imaginar-te, a imaginar-nos. A imaginar um possível nós, porque te amo e amarei com toda a força, para o resto da vida. Porque o amor pode voltar a bater-me à porta, mas vai ter de esperar enquanto eu desejar esperar por ti. Esperar pelo calor que emanas, só com esse toque mágico que me fascina e me cativa, e sem querer, me motiva a continuar a querer-te.
março 21, 2014
DOCE MORTE
Oh, doce beleza que me fascina
Se me deixasses entrar em ti, e tocar
Esse teu corpo esguio, sugaria-te
A alma e tudo o que houvesse para além de ti:
A carne, a escorregar no meu leve pensamento.
Deixas-me fantasiado com os teus ossos frios e finos,
Que parecem sair no tempo, por entre o tempo;
Quanto mais te vejo, mais me revejo: Sei bem o quanto me fazes mal
Mas faria-me pior não conhecer os meus limites.
Se o pecado mora em ti, morarei também eu, eterno pecador nas asas do anjo negro que te caracteriza.
Tocar-te é sentir o céu e o inferno, numa mistura que não atenua a dor de nunca te sentir por completo.
Aquele sossego inquietante que é estares tão perto e tão
Longe que a dor é somente a esperança de.
De? De. Já não te defino.
Minha doce morte.
Venenos
Já não gosto do som das tuas palavras. Já não são tão sinceras como eram d'antes. Há em ti uma falsa postura, uma combinação imperfeita entre o ser e o sentir. Tu já não és o que sentes, e já nem te sentes de acordo com quem és. Há um ar boçal no teu retrato, que te entorta o sorriso e te abafa as palavras, muito por causa desse bafo a veneno - entenda-se álcool, oh leitores. Já não fazes o que um dia prometeste fazer: sair disso. Sai lá disso. Há no meu rosto uma saudade de quem foste: já nem és, porque já nem sentes. É, provavelmente, de uma redundância extrema dizer que já não tens sentimentos. Mas já não tens, esses ditos cujos afundaram-se nessa acidez que te baralha.
Melodia
Agarras-me, depois de cuspires
no prato onde como e observo os teus restos de pão;
Já não há migalhas que completem essa tua fome fingida.
Desconheço quem sem conhecer,
Fez-se de conhecido à miragem de ser quem sou;
Já não há nada para além de um sorriso amargo e
Cansado, derrotado pelo transporte de um verso solto.
Desculpa se não sou o brilho que nos ilumina.
(Nunca serei essa incandescência)
Houve sempre em nós uma pressa de
Chegar e agarrar, possuir, abusar;
Houveram sempre palavras sujas, num rodopio de ventos e marés.
Se hoje me pedires para voltar, volto com a mão no bolso,
À espera de te ouvir chorar mais
E mais, e mais uma das muitas vezes que ao ouvir-te,
Limpo os cantos dos olhos, inundados nesse poço de infindável angústia.
Se soubesses, meu querido amor,
O quanto gosto de ouvir a tua melodia...
***
Ana Silvestre
fevereiro 13, 2014
Valentines Day
"Dia dos namorados", uma designação primordialmente patética. Isto de criarem dias para tudo e para nada já se tornou um cliché tão grande que tornámo-nos marionetes dos próprios dias da semana. Uns autênticos robots, motorizados de acordo com o que eles querem que façamos. Os namorados festejam o dia dos namorados: e mais uma vez, vamos obedecer. Neste dia vendem-se mais chocolates, mais peluches, mais idas ao cinema são pagas pelo cordeal namorado - se calhar, vai na volta, vendem-se mais beijos e abraços. E que seja tudo pago, e que o salário chegue para os carinhos todos que são supostos dar. Porque os namorados festejam este dia, para nos outros andarem às turras, incompreendidos e desamparados, perdidos num amor em que só se ama quando convém. Porque um casal só é verdadeiro se festejar este dia. Porque vejo tanta gente a queixar-se de não ter par neste dia, quando o amor surge quando tiver que surgir, sem obrigações nem complicações. Porque surge naturalmente, e na sua naturalidade é pleno e inteiro. Porque nunca vão ser dias especificos que vão designar o que é gostar. Porque a felicidade compensa as horas de discussão. Porque não és feliz com dias já designados, mas prometo que conquistas corações com amor, e somente amor.
janeiro 28, 2014
For my brother.
Há vários tipos de amor. Há aquele amor que nos deixa tontos, que nos desencaminha, que nos magoa, que nos deixa com o coração a mil. Esse amor sentimos por qualquer pessoa, a qualquer momento das nossas vidas, até chegar a altura que morre e desaparece. Esse amor vai e volta, é feito de fases. Temos muitos e diferentes, ao longo das nossas vidas.
Não é desse amor que te falo. Por ti sinto um amor diferente: um amor de família, que nem o tempo nem a distância um dia poderá corromper. É um amor que dura uma vida inteira, por ser infinito, e por ir para além de nós mesmos. Ninguém escolhe amar assim. É um amor que a diferença de idades não destrói, porque não há poder nenhum no Mundo que mude o que dois irmãos conseguem sentir um pelo outro. É saber proteger caso algum se sinta em perigo e saber cuidar, indiscutivelmente, a qualquer momento que estejamos indefesos ou inseguros. É discutir (e discutir, e discutir, e discutir...) por razão alguma, é retirar a mão e estendê-la a seguir, porque este Amor é eterno, completo e indestrutível, por ser mais puro que todos os outros.
Os irmãos gritam muito, amuam e têm ciúmes um do outro que se fartam. É tudo saudável, faz parte. Confesso que tenho esses sintomas todos e que sou uma "pita" chata para caramba. Mas ao mesmo tempo que tenho este mau feitio e esta arrogância toda, sou muito tua amiga, e serei sempre.
Caso um dia precisares de mim, esteja eu onde estiver, leve eu a vida que levar, sabes que mesmo longe, estamos sempre perto um do outro. Há sempre um lugar para ti. O sangue é o mesmo, que é que se há-de fazer? Estamos ligados para a vida toda, mesmo que o mundo se vire ao contrário e os nossos caminhos não se cruzem.
Parabéns pelos teus 26. Que venham muitos mais anos, vou estar ao teu lado, for sure!
Não é desse amor que te falo. Por ti sinto um amor diferente: um amor de família, que nem o tempo nem a distância um dia poderá corromper. É um amor que dura uma vida inteira, por ser infinito, e por ir para além de nós mesmos. Ninguém escolhe amar assim. É um amor que a diferença de idades não destrói, porque não há poder nenhum no Mundo que mude o que dois irmãos conseguem sentir um pelo outro. É saber proteger caso algum se sinta em perigo e saber cuidar, indiscutivelmente, a qualquer momento que estejamos indefesos ou inseguros. É discutir (e discutir, e discutir, e discutir...) por razão alguma, é retirar a mão e estendê-la a seguir, porque este Amor é eterno, completo e indestrutível, por ser mais puro que todos os outros.
Os irmãos gritam muito, amuam e têm ciúmes um do outro que se fartam. É tudo saudável, faz parte. Confesso que tenho esses sintomas todos e que sou uma "pita" chata para caramba. Mas ao mesmo tempo que tenho este mau feitio e esta arrogância toda, sou muito tua amiga, e serei sempre.
Caso um dia precisares de mim, esteja eu onde estiver, leve eu a vida que levar, sabes que mesmo longe, estamos sempre perto um do outro. Há sempre um lugar para ti. O sangue é o mesmo, que é que se há-de fazer? Estamos ligados para a vida toda, mesmo que o mundo se vire ao contrário e os nossos caminhos não se cruzem.
Parabéns pelos teus 26. Que venham muitos mais anos, vou estar ao teu lado, for sure!
janeiro 25, 2014
"Porque tu és o antes e o depois, e matas-me a cada segundo que és o durante"
E hoje eu sei quem me faz bem, quem me faz mal, e quem não me faz falta nenhuma. Quem não merece pertencer à minha vida. Quem não fica feliz por eu estar feliz. Esses são os que não me fazem falta, mas não são os que me fazem mal. Tu fazes-me mal, e fazes-me falta ao mesmo tempo. Eu tremo quando vens falar comigo, tremo quando te sinto perto, quando sei que estás longe, quando sei que estás e és, e tens ou deves. Isso não me faz bem, mas faz-me falta: quer dizer que, de alguma maneira fria e dolorosa, estou viva. Que sinto, que choro na tua sombra, que quero ver-te e tocar-te, e saber que estás bem. E, à noite, quando todos cá em casa dormem, eu sinto que as minhas lágrimas são mais verdadeiras, porque são para ti: tu que nunca as vais saber, porque nunca as vais ver. Porque eu choro muito por não te ter, mas choraria mais se te tivesse: num rodopio de sentimentos. E prefiro viver neste silêncio, com uma máscara que esconde a solidão de alguém que ama disfarçadamente. Que ama, leste (engraçado como ainda acho que vais ler o que te escrevo, não é?) bem, querido. Porque nem tudo são rosas e porque escondes picos que magoam mais que facas no meu peito. Porque sabes que eu fiz tudo para te ter e para te manter comigo, fosse o tempo que fosse. Porque sabes que me sinto miséravel sem ti e sem o teu sorriso. Porque as tuas piadas são as melhores, por não terem piada nenhuma mas conseguirem pôr-nos a rir sem parar. Porque o teu corpo é mais quente que qualquer outro. Porque a tua alma é mais pura que todas as outras que conheço, talvez por sorrires quando estás feliz e chorares quando estás triste: porque não te escondes como eu. Porque és tudo aquilo que eu não sou e que me faz falta ser. És quem eu procurei e encontrei, e abdiquei por gostar mais do meu presente do que do meu passado. Porque és as pedras no meio do meu caminho e porque eu nunca as tiro de lá, só para saber que existes e que me afectas; tu és quem me faz tropeçar: mas também és quem me faz levantar depois das quedas. Porque tu és o antes e o depois, e matas-me a cada segundo que és o durante. Porque tu és o aclamado "trevo da sorte" mas dás um azar dos diabos. E... porque eu não mudaria nada. Faria tudo de novo. Lembraste de todas as quartas-feiras? Quem gosta faz de um dia de semana um sábado. Quem gosta tem a porta aberta para receber qualquer visita inesperada. Quem gosta apanha todos os comboios que eu apanhei. Quem gosta perde a vergonha mas nunca a vontade. Quem gosta protege e aconselha, mas nunca obriga a mudar. A mudança parte de cada um de nós. E obrigada por agradeceres, eu bem sei que sempre te disse que não havia nada para o qual devesses agradecer. Mas havia. Eu faria tudo de novo só para roçar os pés nos teus, para comer os teus cozinhados, para beijar a tua boca e saber que estou exatamente onde devia estar. Agradece por isso. Agradece por eu ter-te amado como nunca tinha amado ninguém. E desculpa. Perdoa-me por ter me vingado de ti e de todas as lágrimas que deitei nas imensas noites que me senti sozinha e desprotegida, quando soube que estavas frágil e que me querias. A vida é feita disto: é um ciclo de alegrias e desavenças. Só que tu alegravas-me tanto quanto me fazias subir paredes de tanto chorar.
Mas a vida não é só feita disso. A vida também é feita de momentos, certos ou errados. Tu foste a pessoa certa no momento errado. E só eu percebo o que escrevo, porque embora escreva para ti, guardarei sempre muito de mim para mim.
Às vezes precisamos de procurar por algo para sabermos que é exatamente disso que não precisamos para nós, pelo facto de nos fazer mais mal que bem. Eu procurei-te, para te abandonar, confesso. Mas orgulho-me. Porque eu procurei-te todos os dias enquanto pude, enquanto quiseste ser meu, e tu só soubeste ir abandonando a melhor coisa que te passou pelas mãos, que te aqueceu a alma, que te beijou o coração, que te deu chão e céu, asas para voar e pernas para andar. Obrigada e desculpa minha eterna saudade: fazemos disto vida; e a vida não é mais do que eu e tu, e um rodopio de sentimentos.
Mas a vida não é só feita disso. A vida também é feita de momentos, certos ou errados. Tu foste a pessoa certa no momento errado. E só eu percebo o que escrevo, porque embora escreva para ti, guardarei sempre muito de mim para mim.
Às vezes precisamos de procurar por algo para sabermos que é exatamente disso que não precisamos para nós, pelo facto de nos fazer mais mal que bem. Eu procurei-te, para te abandonar, confesso. Mas orgulho-me. Porque eu procurei-te todos os dias enquanto pude, enquanto quiseste ser meu, e tu só soubeste ir abandonando a melhor coisa que te passou pelas mãos, que te aqueceu a alma, que te beijou o coração, que te deu chão e céu, asas para voar e pernas para andar. Obrigada e desculpa minha eterna saudade: fazemos disto vida; e a vida não é mais do que eu e tu, e um rodopio de sentimentos.
janeiro 10, 2014
ॐ P.L.U.R
http://www.youtube.com/watch?v=sOr3RZf6sBc
Vamos todos dar as mãos e cantar pela vida (sem que se torne cliché), pela alma, pelo sabor de, na mais simples forma, estarmos cá. Que loucura é esta vida, e que bom é ser louco o suficiente para encará-la com um sorriso. Aproveitemos então, para nos preenchermos de sol e boa positividade, porque não há nada mais belo do que acordar de manhã com sorriso de criança, e adormecer de noite com a satisfação de que fizémos por nós e pelos outros: Fizémos pois, pelo Mundo.
Vamos todos dar as mãos e cantar pela vida (sem que se torne cliché), pela alma, pelo sabor de, na mais simples forma, estarmos cá. Que loucura é esta vida, e que bom é ser louco o suficiente para encará-la com um sorriso. Aproveitemos então, para nos preenchermos de sol e boa positividade, porque não há nada mais belo do que acordar de manhã com sorriso de criança, e adormecer de noite com a satisfação de que fizémos por nós e pelos outros: Fizémos pois, pelo Mundo.
O Frio deste Inverno.
Aquele corpo gelado e imóvel, já não dançava como d'antes. Lembro-me do tempo em que o tempo corria contra nós. Lembranças que o sacana não destrói, por eu ter sido a única culpada pela tua destruição. Tomara que Deus fosse palpável e abraçasse aquele pedaço de carne, rijo e teimoso, que não teima em acordar da morte em que vive. Tomara que, por diante dos olhos invejosos dos demais, fingisse ser qualquer coisa mais quente: que emanasse calor. Sei lá eu, que seja o que for. Mas que seja completo, sustentado pela imcompleta definição do que é viver: derramar lágrimas quando a música toca no íntimo do ser; a amargura de ver alguém partir lá para cima (lá para os confins, onde mora a saudade e o desalento tomou conta das almas perdidas e revoltadas); a doçura de acariciar um cão abandonado pela chuva e por Ele; a satisfação em levantar alguém do chão quando as fracas forças pesam mais que a mente barulhenta; ou as boas vibrações que, ao ser as únicas esperanças, embalam as crianças da rua, os mendigos do espaço, os loucos moradores da nossa febril Lisboa, fazendo tremores na terra.
Tu não fazes disto, não. Vagueias por ali e acolá, queimado pelo sol que te molha a cara de sangue, na estranha convicção de que ao virar da curva, vais pestanejar pela última vez. Que é feito de ti, encharcado com o peso da água morna de um mar vermelho? Que o espelho te acorde e que te faça ver o estado em que andas. Que, de alguma forma, te traduza o que te parece indecifrável: Que te falta esperança, mudança e amor. Amor próprio, disso sei eu que te falta muito. Então que Ele deixe de ser preguiçoso e te ajude, que te abraçe, que te sugue essa má energia que te consome, e te dê alguma vida - aquela que eu tempos deitei por aí.
Tu não fazes disto, não. Vagueias por ali e acolá, queimado pelo sol que te molha a cara de sangue, na estranha convicção de que ao virar da curva, vais pestanejar pela última vez. Que é feito de ti, encharcado com o peso da água morna de um mar vermelho? Que o espelho te acorde e que te faça ver o estado em que andas. Que, de alguma forma, te traduza o que te parece indecifrável: Que te falta esperança, mudança e amor. Amor próprio, disso sei eu que te falta muito. Então que Ele deixe de ser preguiçoso e te ajude, que te abraçe, que te sugue essa má energia que te consome, e te dê alguma vida - aquela que eu tempos deitei por aí.
janeiro 04, 2014
Ano Novo.
Ano novo é vida nova, dizem eles. Não passam de disparates que o pessoal diz com o intuito de tentar mudar algo que só depende de eles mesmos. É uma tentativa própria e pouco saudável do ser humano de tentar interiorizar que a vida que andam a levar não é a que realmente pretendem. Disparates, disparates. Parem de falar, oiçam o vento. Sigam o vosso destino, escolham o vosso caminho. Estamos aqui por algum motivo. Preencham a vossa vida com aqueles que amam, eles serão os únicos que vão lá estar quando o mundo parecer escuro demais para o encarar. Reparem que nada muda; Mentalizem-se que o poder da mente é o único que nos faz elevar o espírito para outras dimensões - ao que vocês chamam, o "fugir da realidade". Mas não é a realidade que vos atormenta, não é a vontade de fugir que vos move - é o Amor. Não é o espaço, é o tempo. Não é o mundo ao redor, és tu, somente tu. Só tu podes ser o dono do teu Universo. E é com ele que estás em dívida...
A pessoa que querem longe, estará sempre perto, se a mantiverem acesa na vossa mente. Ela permanecerá, se permitirem. Ela vai continuar a ir aos mesmos sítios, a dar-se à vida, a brilhar na chuva, a sorrir da mesma maneira lunática que te cativa - porque tu queres, porque tu mandas, porque o Universo foi feito para amar, para chorar de amor, para morrer de amor e ressuscitar, por fim, pelo mesmo motivo que nos pôs no mundo: aquele que move montanhas, aquele que dói mas que satisfaz a alma, aquele cuja loucura abafa, por ele mesmo ser o sinónimo de insanidade.
A pessoa que querem longe, estará sempre perto, se a mantiverem acesa na vossa mente. Ela permanecerá, se permitirem. Ela vai continuar a ir aos mesmos sítios, a dar-se à vida, a brilhar na chuva, a sorrir da mesma maneira lunática que te cativa - porque tu queres, porque tu mandas, porque o Universo foi feito para amar, para chorar de amor, para morrer de amor e ressuscitar, por fim, pelo mesmo motivo que nos pôs no mundo: aquele que move montanhas, aquele que dói mas que satisfaz a alma, aquele cuja loucura abafa, por ele mesmo ser o sinónimo de insanidade.
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