Quantas homens pedem ajudas
Com quantos dentes se constroem falsos sorrisos
Quantas cegas se fingem mudas
E tu continuas tão fora de ti.
Estás longe, estás perto, estás tão tu
Que nem tens nome, chamas-te com o vento da glória
Daqueles que ficam para sempre na memória
Da ternura ausente que se faz o mundo lá fora
Dentro de quatro paredes, escrevo, sem cessar
Pensando no quão bom era sentir o vento
Tu, que és vento, cor, sabor e mar
Que te demoras, atrasas, e me fazes voltar
Para longe.
***
Ana Silvestre
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