fevereiro 12, 2013
Respect
Por entre as ruas fechadas,
Uma noite envolvida em falsas imagens,
Vejo e reparo em caras trancadas,
Entre os soluços de umas quantas personagens.
Terror, paixão, um contraste fatal
Pobres daqueles que matam sem querer
Nesta suspensa vida de animal
E que param, alheios a tudo, e nao me podem ver.
Perdida, sozinha, com todos os males em mim
"Acolha-me!" - seja lá o quem governar este mundo
Deste tal desassossego assim,
E pinte uma nova vida de fundo.
E que ao olhar para mim, esta vida diga um olá carinhoso
Que me ame, que me espreite
Que suspeite de mim, num olhar piedoso
Mas que nunca, em volta nenhuma, me desrespeite.
Porque o respeito, esse ninguém pode comprar
Não vem nas guloseimas envenenadas das vitrines
É mais do que o que podemos sentir ou tocar
É sentirmo-nos confortáveis, sentirmo-nos pessoas.
***
Ana Silvestre
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